sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Conferência LGBT discute ações contra a homofobia em MT




Grupo LGBT quer mesmo tratamento dado aos hetero para os travestis em MT

O presidente do grupo Livre Mente, Cloves Arantes, chamou a atenção,  nesta quinta-feira, 19, durante abertura da 2ª Conferência Nacional de Políticas e Direitos Humanos de LGBT, que se realiza em Cuiabá, para a importância de se discutir  políticas concretas, que incluem a falta de segurança. “Queremos que quando um travesti seja assassinado, ele tenha os mesmos direitos de um hétero”, - ele afirmou. Conforme Cloves, a prioridade agora  é para a criação dos Conselhos Estaduais de cidadania LGBT.
Conseguir que ninguém seja discriminado por sua opção sexual é a meta destacada pelo presidente da Associação Nacional LGBT, Toni Reis. “As estatísticas mostram que 70% do público LGBT já foi discriminado e 20% já sofreu violência física. “Nossa luta é para criminalizar a homofobia”, enfatizou.

A secretária Nacional de Promoção dos Direitos Humanos da Presidência da República, Nadine Borges, destacou a importância do evento para que políticas concretas contra a homofobia sejam implantadas. Ao final da cerimônia de abertura dos trabalhos foi passado um abaixo assinado para a criminalização da homofobia. Cerca de 300 pessoas devem comparecer ao evento, conforme a organização.

O primeiro dia contou com apresentações de dança e dublagem por artistas que se apresentam em eventos LGBT. No sábado serão votadas propostas que serão apresentadas na Conferência Nacional, organizada pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que ocorrerá em Brasília entre os dias 15 e 18 de dezembro.  Ao final da conferência, 16 delegados serão escolhido  para representar Mato Grosso no evento nacional.

A presidente da ONG Liberdade Lésbica, Eva Verginia da Silva, destaca que em Mato Grosso os avanços são visíveis. Ela enfatiza a iniciativa da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que já possui o programa ‘Educação para a diversidade’ e também da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que possui políticas para o cuidado da saúde LGBT. A Polícia Militar também possui ações de segurança pública voltadas para este público, conforme a presidente. “A PM tem sido parceira por abrir essa discussão entre os policiais. É o início da quebra de barreiras”, afirmou.

Entre os papéis da Sejudh está saldar uma dívida histórica com os grupos historicamente excluídos, segundo o secretário adjunto de Justiça, Genilto Nogueira. “Nosso objetivo é resgatar os direitos dos cidadãos. Temos avançado muito na questão dos direitos humanos”, afirmou o secretário adjunto.

Fonte: 24HorasNews

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