sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pela primeira vez Rede Globo envia carta em que explica sua posição sobre o beijo gay em sua programação

Rede Globo explica o porquê veta beijo gay em sua programação



Luis Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação, enviou carta em nome de Octávio Florisbal (diretor-geral da Rede Globo), sobre a posição da emissora em relação ao beijo gay _vetado em pelo menos três ocasiões. A longa carta é direcionada a Toni Reis, presidente da ABGLT, e serve de resposta a uma carta que Toni enviou a Octávio Florisbal quando um beijo gravado na minissérie “Clandestinos” foi cortado na edição e não foi ao ar. Em sua carta, Toni Reis lembrou, ainda, do beijo gay gravado no capítulo final da novela “América”, que também não foi exibido, surpreendendo na época até a autora Gloria Perez. Mais recentemente, a Globo cortou um beijo entre duas participantes da atual edição do Big Brother, entre Diana e Michelly. A Globo nunca tinha se explicado sobre esses cortes. Até aqui.

:: ABGLT pede que a Rede Globo reveja seus conceitos e exiba beijo gay na televisão
Na carta, a direção da Globo se defende e afirma que já exibiu beijo gay duas vezes: "no último capítulo de 'Mulheres Apaixonadas', entre duas estudantes lésbicas e em 'Meus Queridos Amigos', entre dois personagens masculinos".

Mas aqui cabem duas considerações: em “Mulheres Apaixonadas”, uma das “meninas”, a atriz Paula Picarelli, estava vestida de homem (de Romeu), substituindo o ator que faria o personagem de Shakespeare na peça do colégio. E ela beijava sua namorada (interpretada por Aline Moraes), enquanto Julieta morta. Em “Meus Queridos Amigos”, um personagem gay roubava um selinho de um amigo hétero, e esse não gostou nada da “surpresa”. Isso é: nenhuma das duas cenas que a Globo se justifica em carta como sendo beijo gay não foram propriamente beijo gay, que seria um beijo entre dois homens conscientes, em foco, como são os beijos entre o galã e mocinha em qualquer novela da emissora.
 
O que importa em todo o texto que a Globo escreveu é, na real, seu último parágrafo: “a teledramaturgia – diferentemente das questões éticas e sociais – não é o ambiente adequado para levantar bandeiras de comportamento moral no campo da sexualidade, baseada na individualidade. Televisão é o espaço do coletivo. Sabemos o importante papel que a transgressão e o ‘politicamente incorreto’ podem muitas vezes exercer com relação ao desenvolvimento humano e a evolução da sociedade. Obras clássicas da literatura, do cinema, do teatro e tantas outras manifestações artísticas já demonstraram isto. Porém, a (livre) sensibilidade artística é a única medida possível para “dosar” ou delinear a ousadia criativa, o que vale para toda e qualquer situação ou tema. Esse desafio torna-se ainda mais difícil quando se trata de respeitar uma audiência não-segmentada, múltipla em suas expectativas e preferências”.

Trocando em miúdos: o beijo gay não vai acontecer porque ele, na opinião sincera da direção da Globo, desrespeitaria parte de sua audiência.

No início da carta, a direção da Globo afirma que “o combate ao preconceito, à discriminação e a defesa de direitos é a causa que nos une. O reconhecimento desta entidade (da ABGLT) ao papel que a Rede Globo vem cumprindo ao longo dos anos neste sentido – por meio do jornalismo, da teledramaturgia e demais programa de entretenimento – sem dúvida nos motiva a seguir trilhando este caminho, colaborando com a discussão ampla e qualificada pela sociedade e a conseqüente, mudança de atitudes e comportamentoo.”

O comentário é justo. De fato no jornalismo da emissora, em seus programas e na teledramaturgia, nunca antes assuntos ligados aos direitos LGBTs, em especial no jornalismo, ganhou tanto destaque.

Veja a carta na íntegra.... Parte I e Parte II

Aids - um trava - língua


- A enfermeira ligou e pediu pra você dar
uma chegadinha no ambulatório,
a doutora quer falar com você...
É urgente...

São Paulo, 04 de fevereiro de 1993

18 anos de soropositividade e eu fui fazer uma pesquisa pra me atualizar e escrever um texto legal pra vocês, divagador prolixo que sou não sei se escrevo sobre novos medicamentos, efeitos colaterais, amores passados ou sentimentos presentes, faço uma salada mista pois adoro hífens e não sei mais quando devo usá-los. Reforma-gramatical.

 

Soube então que existem atualmente 18 medicamentos pra controle da infecção por HIV e muitos deles eu desconhecia. Como é boa a ignorância, acha que é novidade algo datado de mais de 20 meses. Estou há 4 anos com a mesma combinação, a terceira desde 2006, composta pelos maravilhoso DDI última geração + 3TC + Tenofovir + Kaletra (que é o conjugado do lopinavir com ritonavir, e que durante um tempão aqui no Brasil era aquele bala-de-goma que soltava o intestino, resto de produção quando lá fora já usavam o Meltrex).

 

Sigo feliz quase sem efeitos colaterais.

 

São 5 drogas ao todo que fazem um excelente trabalho pela minha preservação.

 

Antes desses esplendores que me brotam Vida fiquei 16 meses num “drugs holiday” necessário e perigoso, brigando com a minha médica no argumento de que já me bastava de antiretroviral, afinal já os tomava por 7 anos.

 

Experiência ímpar que eu não recomendo; Deuses que Somos – tão somente pois somos frágeis e vendavais nos derrubam de verdade, até mulher maravilha tomba. Um dia explico melhor.  Caia, mas caia com classe. Precisava viver isso como precisei acreditar década antes que poderia emplacar 10, 20, 30, 40 anos “com-vivendo” com hiv.


 

A combinação anterior me castigou muito. 3TC + D4T + Efavirenz... O Efa, como chamamos, nas primeiras semanas te deixa com uma ressaca matinal das brabas, tem que tomar ao se deitar pois durante o dia te apaga. Na primeira manhã após a primeira dose acordei com a sensação de ter tomado um engradado de cerveja na véspera, levantei e tonto me amparei na parede, foram uns 15 minutos pra aceitar que eu era bípede.

 

Não caí por ter sido alertado de que isso iria acontecer por semanas.


 

Fora os pesadelos que me faziam ter a sensação de estar pulando pela janela do décimo-terceiro andar. Um horror. Depois de um tempão você se acostuma, mas quando se livra dessas sensações a Vida fica bonita de novo.


 

E como tem aquele lance de dizer que se pular uma dose o vírus cria resistência a gente acaba tendo receio e toma a porcariada mesmo assim, quase sob coação. Caxias, todo dia sem falhar nenhum...

 

Vamos incluir aqui também a temível lipodistrofia que deixou a região dos meus joelhos bem secas e só não me deixou com pança porque faço abdominal compulsivamente e fui pra academia minimizar o estrago. Além do rosto que ficou chupado, mas nada que alguns mililitros de metacrilato não tenham corrigido, custou caro mas valeu o investimento. Leãozinho não. Continuo belo, ainda que um tiozinho...

 

Hoje o governo banca essa intervenção, inclusive com remoção da corcova de camelo (que eu por sorte ou DNA bom não tive).


 

Foram 4 anos bem difíceis, de 2000 a 2004. Nenhuma saudade daqueles dias. Juntou uma separação bem traumática, crises das mais profundas e aquelas drogas que só me deprimiram mais, o jogar a toalha no emprego, a ida pra Espanha, os erros no retorno ao Brasil, prejuízos financeiros, ficou tudo fora da órbita.

 

Anterior a essa vivência difícil, a primeira combinação foi o AZT + DDI + Crixivan, já entrei no esquema de coquetel logo de cara.

 

1997, o ano que mudou as nossas Vidas, do lado de cá e do lado daí da Linha do Equador. 

 

Tirando que o AZT me deixou acinzentado (quando para a cor quase volta), que o DDI era um bolachão maior que 3 moedas de R$ 1 juntas com gosto de cimento branco que tinha que mastigar em jejum, e que o Crixivan me fez um cálculo renal justamente quando viajava pra Visconde de Mauá com o namorido, Amor dessa Vida, durante uma briga, fui feliz pois me devolveram à Vida.

 

Aqui cito por afeto o mérito do médico que me atendeu lá naquele consultório da Frei Caneca em 1997. Depois de eu desmaiar na fila da triagem, quando ele me disse que eu iniciaria o tratamento na segunda-feira, logo após fazer meus exames, como quem te sugere pagar um almoço.

 

O mico total desse tratamento foi quando cheguei a Fundação Zerbini, que é vinculada ao Hospital das Clínicas, e desmaiei. Eu tinha abandonado o acompanhamento 4 anos antes depois que uma médica escrota me disse que eu teria no máximo 2 anos de Vida.

 

Não quis saber de usar o convênio, pois tinhas boas referências do sistema público, e encarei uma fila nem tão grande assim. Mas a sensação de estar me expondo – Um doente de AIDS agoniza em praça pública, logo eu tão mauricinho - foi tão grande, eu estava tão frágil que a minha voz secou, eu fiquei tonto, a pressão caiu e acordei minutos depois numa maca com uma enfermeira acarinhando a minha mão, me dizendo que haveria ainda muita lenha pra queimar e que eu estava muito bem.

 

- É só confiar no médico, tomar os medicamentos que tudo vai ficar bem. Você é muito lindo e há muita lenha ainda pra queimar. Tem gente que chega aqui bem ruinzinho mas semanas depois está bem de novo.


 

Por acaso ela trabalha lá até hoje e nosso sorriso companheiro não há o que pague, faço questão de tomar as minhas vacinas ou injeções sempre com ela.


 

Já em consulta com o Dr. Luis Gonzaga iniciamos com uma tentativa de terapia dupla, a recomendação do Ministério da Saúde era de só dar o “coquetel” para quem estivesse muito mal. Não era ainda o meu caso, embora eu estivesse uns 10kg abaixo do meu peso. Era o AZT + DDc e só.

 

O DDc era traiçoeiro e me deu queda acentuada de plaquetas, o sangue fica fino e tinha gente que morria de hemorragia com dias de tratamento. Me deu sangramento de gengiva no segundo dia, corri ao médico e ele rapidinho trocou pela bolachonha de pedra do DDI e o famigerado AZT.

 

Era o que tinha pra ontem, coração.

 

Pegava ou largava.

 

O D4T e o 3TC estavam chegando no Brasil, na época rolos e mais rolos com o papo de patente, o Brasil ainda não tinha se tornado referência mundial do que é um tratamento digno a uma epidemia dessas proporções.

 

A AIDS ainda hoje gera fortunas pros laboratórios e quem puder pagar paga, leia-se europeus e americanos e governo brasileiro. Quem não puder que morra, ninguém nos laboratórios se importa se 70% da população adulta do Zâmbia vai morrer de AIDS antes dos 40 anos, onde uma parcela insignificante tem acesso ao básico e se morre de fome, febre-amarela e malária também.

 

Por esses dias, assistindo uma matéria sobre AIDS na TV, revi uma amiga querida, a Nair, que foi a primeira pessoa a conseguir na Justiça o direito a ter o medicamento pago pelo Estado. Ela dizia que sem aqueles remédios morreria. Isso foi em 1996.

 

Seu desespero salvou milhões.

 

Eu sou um deles. E o Serra malufiou os louros...

 

Antes de 1996, desde 1993, as coisas pioravam mas eu me recusava a enxergar, ou enxergava e fingia que nem eu e nem ninguém via aquilo. Tem fases em que mentir pra si mesmo é a melhor e mais necessária verdade que se deve permitir. Sempre fui magro, mas fiquei magrinho, pálido, sem luz, tristinho, medroso, acuado, bomba-relógio-viral prestes a entrar em colapso. Retorno de Saturno, estava emplacando os 30 anos de idade, muita provação.

 

- Chi, será que aquela filha-da-puta daquela médica escrota estava certa, eu estou morrendo!??

 

Eu vi a cara da morte e ela estava viva. Viva... Passou, camarada, passou.


 

Rapaziada, moçada, falei sobre as drogas da minha Vida, defeitos colaterais, amores e sentimentos, gratidão, alegria e no quanto é bom estar aqui e poder me lembrar disso tudo. Além dessa lista enorme há mais algumas maravilhas que eu ainda não tomei. Posso precisar delas algum dia e émuito bom saber que há opções e que outras surgirão até que criem um chiclete que você masca por 15 minutos e cura a AIDS de vez.

 

Enquanto não chega o tal chiclete se alegra com o que tem, quando precisar trocar faz um exame de genotipagem, vê o que vai ser melhor e toma sorrindo sempre na fé.

 

Vou morre velhinho, lúcido, uns 90 anos, lindo que nem uma múmia.

 

Mais umas 5 décadas, no mínimo.

 

Agente merece.

 

Tem ainda o Abacavir, o Emtriva, o Delavirdina, o Etravirina, o Nevirapina ou Viramune, o Amprenavir, o Fosamprenavir, o Atazanavir, o Darunavir. O Aluvia. O Ritonavir, o Saquinavir, o Tipranavir, o Enfuvirtida ou Fuzeon, o Maraviroc e o Raltegravir.

 

Quer trava-língua mais motivador que esse?  

 

 

Eu andei perdendo alguns amigos pra aids recentemente.

 

Inclusive um menino lindo de 18 anos que se infectou aos 14 e não ligou.

 

Mesmo com tudo isso, medicamentos e informação, muitos preferem não saber.

 

Pra muitos a aids não existe.

 

Será que existe mesmo?


Escrito por Tiago às 00:00:01

Fonte: MIX Brasil 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ricky Martin - The Best Thing Aboput Me

assista ao novo clip do Ricky Martin já depois do babado que rolou!!!

Estudo mostra diferenças nos cérebros das transexuais



Pesquisadores da Universidade Nacional de Educação à Distância de Madri encontraram evidências físicas para ajudar crianças que nasceram com um sexo, mas sentem que pertencem ao oposto. Eles encontraram uma maneira de investigar uma região muito pequena do cérebro dos transexuais, que imaginam estar envolvida na percepção de gênero.

Primeiro, eles realizaram ressonância magnética no cérebro de 18 transexuais com corpo de mulher, mas que se sentem homens e compararam à mesma região de 24 homens e 19 mulheres. Os resultados mostraram que mulheres e homens têm diferenças em quatro regiões do cérebro de massa branca. E os transexuais estudados têm estas quatro regiões semelhante aos homens.

Usando a mesma técnica, os pesquisadores compararam 18 transexuais com corpo de homem e que se sentem como mulheres com mais 19 pessoas de cada sexo. Eles descobriram que a estrutura da massa branca destes transexuais estava no meio do caminho entre a dos homens e mulheres avaliados.
“O cérebro deles não é completamente masculino ou feminino, mas eles ainda se sentem como mulheres, disse Antonio Guillamon, um dos cientistas envolvidos no estudo.".
Estas diferenças no cérebro podem ajudar a identificar transexuais antes da puberdade. Médicos poderiam usar esta informação para retardar o amadurecimento sexual dessas pessoas e aumentar o sucesso de uma cirurgia de mudança de sexo.

A equipe de Madri não está certa de que as quatro regiões estudadas estejam relacionadas à noção de gênero. Apesar das diferenças encontradas, eles não acham que a ressonância poderá ajudar em todos os casos, porque a massa clara pode se desenvolver até os 30 anos. Os transexuais poderiam desenvolver as características estudadas no cérebro em idades diferentes.

Senado desarquiva projeto de lei anti-homofobia

PLC 122/06 volta à Pauta do Senado Federal pelas mãos de Marta Suplicy


O requerimento que pedia o desarquivamento do PLC 122/06,protocolado na última segunda-feira, 7, pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) foi aprovado pelo Senado na última terça-feira, 8. Com isso, o projeto de lei que criminaliza a homofobia volta a tramitar na Casa do ponto de onde parou, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Arquivado por norma do congresso, o projeto volta à pauta depois que a senadora Marta Suplicy reuniu as 27 assinaturas de senadores necessárias para o requerimento. Se aprovado na CDH, o PLC 122/06 ainda tem que ser aprovado também na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e depois em plenário.

Fonte: MixBrasil

Pesquisa aponta que homossexuais são mais preocupados com questões ambientais

55% dos entrevistados adotam práticas de preservação do meio-ambiente.


O movimento green vem ganhando espaço e as pessoas estão mudando o comportamento pensando na preservação do meio ambiente, estimulando novos estudos e produtos sobre o tema.

Segundo dados de uma pesquisa realizada em novembro pelo instituto americano Harris Poll, os homossexuais são os mais preocupados com o assunto já que 55% dos entrevistados afirmaram que compram produtos sustentáveis e adotam práticas de preservação do meio-ambiente no dia-a-dia, enquanto apenas 33% dos heterossexuais demonstram o mesmo comportamento.

A pesquisa também aponta que houve uma queda na preocupação com o meio-ambiente entre os americanos, quando comparado o ano de 2010 com 2009.

Dentre os 2.352 adultos entrevistados pelo instituto Harris Poll, 347 se definiram como homossexuais.
Falando em green, desde o final de 2010 os brasileiros podem contar com a Greenvana Eco Store, a maior loja de departamentos online de produtos exclusivamente sustentáveis do país. Conheça em www.greenvana.com.

Fonte: Dolado

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Uganda: Líder da oposição quer acabar com a criminalização da homossexualidade

País elege novo presidente no próximo dia 18 de fevereiro.


O líder do partido de oposição Kizza Besigye, que está disputando a presidência de Uganda, planeja acabar com a criminalização da homossexualidade no país se for eleito.

De acordo com Besigye, a polícia tem assuntos mais importantes para se preocupar do que investigar quem é ou não homossexual, mas garante que essa é apenas sua opinião e não representa necessariamente o desejo de todo o partido.
Ao longo de 2010, a homofobia em Uganda foi destaque na mídia internacional. O deputado David Bahati apresentou o projeto de lei que prevê a pena de morte pelo crime de homossexualidade gerando reações de entidades de direitos humanos em todo o mundo. A lei não foi aprovada e o atual presidente Yoweri Museveni – que também disputa as eleições – demonstrou preocupação com o impacto negativo que ela causaria nas relações internacionais do país.

No início deste ano, o jornal semanal Rolling Stone foi punido por desrespeitar o direito à privacidade ao publicar os nomes e fotos de militantes gays do país.

Fonte: Dolado

Manifesto pela Criminalização da Homofobia

Repassando e divulgando...

O próximo dia 19 promete ser agitado para os cidadãos LGBT de São Paulo, com dois eventos agendados pelo grupo Ato Anti-Homofobia no coração da cidade.

O primeiro acontece às 14h, no vão livre do Masp, onde comemorarão a ampliação do Disque 100 – Disque Direitos Humanos – para registrar casos de homofobia. Antes da alteração, o Disque 100 funcionava exclusivamente como o Disque Denúncia de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.
Mas o sábado não será só de festa; às 15h começa na Praça do Ciclista a concentração para a marcha de protesto pela aprovação da criminalização da homofobia no Brasil através do projeto de lei 122/06.

O projeto foi arquivado no início do ano pela Subsecretaria de Coordenação Legislativa do Senado mas a senadora Marta Suplicy conseguiu reverter a situação coletando as 27 assinaturas necessárias para desarquivar o PLC 122/06. O Plenário do Senado deve ler nesta terça-feira (8) o requerimento de desarquivamento protocolado hoje (7) por Marta Suplicy.




Programe-se:

Comemoração pela ampliação do Disque 100 para casos de homofobia
Sábado, 19 de fevereiro, às 14h
Vão livre do Masp – Avenida Paulista

Marcha Contra Homofobia
Sábado, 19 de fevereiro, às 15h
Praça do Ciclista – Cruzamento da Paulista com a Consolação
O Grupo Ato Anti-Homofobia convida todos a levarem um guarda-chuva colorido para o manifesto.

Fonte: Dolado

Leitores da Playboy querem capa com Ariadna

Primeira transexual do Big Brother Brasil pode protagonizar ensaio nú.

 

A Playboy divulgou o resultado da enquete online para saber se os leitores gostariam de um ensaio com Ariadna, a primeira transexual a participar do Big Brother Brasil.

De acordo com o resultado divulgado nesta segunda-feira, 13.268 dos leitores aprovam uma capa com Ariadna, contra 6.968.

A redação da revista ressalta que a enquete é apenas para mensurar a aceitação do público para um possível ensaio nú e não é decisivo para realização do mesmo.

Ariadna foi eliminada no primeiro paredão do Big Brother Brasil 11 e perdeu a chance de retornar ao programa nesse último domingo, após ficar confinada por três dias na Casa de Vidro ao lado dos demais eliminados. O escolhido pelo público para uma segunda chance no reality foi o participante Mau Mau.

Fonte: Dolado

Ministro da saúde reavaliará proibição de gays na doação de sangue

Grupo LGBT do Piauí entregou carta de reivindicações para o ministro Alexandre Padilha.


Em um encontro realizado no Piauí com o grupo LGBT Matizes, o ministro da saúde Alexandre Padilha prometeu uma reavaliação da Resolução nº 153 da ANVISA que proíbe gays de doarem sangue.

“Nós estamos propondo uma rediscussão sem paixões, dentro de uma visão técnica. Estamos convencidos de que não se justifica uma medida dessas”, revelou Marinalva Santana, do Grupo Matizes, ao entregar uma carta de reivindicações ao ministro.
Atualmente, “homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes” não podem doar sangue ou hemocomponentes por um período de doze meses.


O encontro realizado no sábado (5) contou com a participação do governador do Piauí Wilson Martins e foi intermediado pelo deputado Fábio Novo que apresentará na próxima quarta-feira, dia 9, na Assembléia Legislativa, a campanha Nosso Sangue Pela Igualdade desenvolvida pelo Grupo Matizes e pela Liga Brasileira de Lésbicas contra a resolução da ANVISA.

Fonte: Dolado

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Quem usa cuida

Câncer de pênis acomete 2% da população masculina brasileira 

O mal atinge homens a partir dos 30 anos.

Sociedade Brasileira de Urologia divulgou uma porcentagem preocupante para a população masculina brasileira. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), dos homens que são acometidos pela doença, 2% é de câncer de pênis. Este número equivale a quase mil casos por ano.

De acordo com os dados, nas regiões Norte e Nordeste, dos homens que tiveram câncer, 10% são no pênis. O mal atinge homens a partir dos 30 anos. Segundo o urologista Alexandre Crippa, do Hospital das Clínicas de São Paulo, o hospital atende uma média de 80 homens com câncer de pênis por ano.

Deste total, 80% – mais de 60 – tiveram o pênis amputado. O urologista alerta que este número é preocupante por conta da gravidade em que os homens chegam até o hospital com urgência cirúrgica. Segundo Crippa, o câncer de pênis é formado como uma úlcera com pequenas feridas na região.

"A maioria dos pacientes não acredita que isso possa ser um câncer e demora a procurar ajuda médica, prejudicando o tratamento e a cura". Ele informa ainda que muitos dos seus pacientes fazem automedicação com pomadas que compram livremente em farmácias para tratamento de DST ou tomam antibióticos. “Somente quando a medicação não faz efeito e os sintomas se agravam, é que a pessoa procura ajuda médica", conta.

Higiene – O urologista informa que o câncer de pênis é associado à falta de higiene. "É necessária uma limpeza diária com água e sabão e um maior cuidado com a região da glande [cabeça do pênis]", explica. Crippa destaca também que a fimose [excesso de pele na glande] é um dos agravantes. "O rapaz que tem fimose sente dificuldades na limpeza, e isso faz com que ele sofra agressões químicas. Ao longo do tempo, surgem microtraumas que podem desencadear o câncer", diz.

Diagnóstico precoce – De acordo com o médico, é necessário procurar um especialista caso apareça alguma lesão peniana. Assim, o paciente pode sofrer danos menores, pois – em se tratando de câncer – só há a possibilidade de intervenção cirúrgica, que pode causar pequenos ou grandes traumas como a própria amputação peniana. Caso contrário, após a cirurgia, o paciente não terá grandes seqüelas para voltar a ter uma vida sexual ativa.

Fonte: MundoMais em ESCÂNDALO® - TUDO SOBRE O MUNDO LGBT!

  

Eu bebo sim...



A pinga gay – Pinguey, em embalagem estilizada

Muito consumida pelos gays em bares e boates, combinadas com outras bebidas ou em forma de caipirinha, o público LGBT agora ganha uma marca exclusiva: a Pinguey. Registrada como marca, a pinga criada para os homossexuais contém todas as características exigidas para ser considerada uma boa cachaça. Considerada mista em razão dos componentes que criam o seu tom rosado, a Pinguey possui 38% de álcool, com 6 gramas de sacarina por litro para dar o sabor adocicado e possui um suave sabor e aroma de limão. O produto vem ainda com  plumas rosas, para completar a embalagem chamativa.

Produzida artesanalmente pela Pinga Brasil, criada em 2007, a produtora de águas ardentes possui mais três marcas da bebida: Pinga Brasil Limão, Pinga Brasil Composta e Pinga Brasil Black, comercializadas em garrafas de 500 ml e 50 ml, esta conhecida como cachaça de bolso. A cachaça é feita artesanalmente e já acontece nas baladas do sul do país.
Fonte: Fórum Baiano LGBT

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Presidente Lula cria o Conselho Nacional LGBT


Já dando seu tchauzinho ao mais alto cargo do Executivo do Brasil, o presidente Lula criou por decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira, 10, o Conselho Nacional de Combate à Discriminação – LGBT, que vai ter o “nome social” de Conselho Nacional LGBT. O Decreto n º 7.388, de 9 de dezembro de 2010, é assinado por Lula e pelo ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi.

Segundo o documento, que você confere na íntegra abaixo, o objetivo do órgão é “formular e propor diretrizes de ação governamental, em âmbito nacional, voltadas para o combate à discriminação e para a promoção e defesa dos direitos de LGBT”. O Conselho será composto por 15 ministérios e 15 organizações da sociedade civil.

Diário Oficial da União, Seção I, páginas 2 e 3
Nº 236, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DECRETO No - 7.388, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2010

Dispõe sobre a composição, estruturação, competências e funcionamento do Conselho Nacional de Combate à Discriminação - CNCD.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 24, § 2o, e 50 da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003,

CAPITULO I
DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA

Art. 1o O Conselho Nacional de Combate à Discriminação - CNCD, órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa, no âmbito de suas competências, integrante da estrutura básica da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, tem por finalidade, respeitadas as demais instâncias decisórias e as normas de organização da administração federal, formular e propor diretrizes de ação governamental, em âmbito nacional, voltadas para o combate à discriminação e para a promoção e defesa dos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT.

Art. 2o Ao CNCD compete:

I - participar na elaboração de critérios e parâmetros de ação governamental que visem a assegurar as condições de igualdade à população LGBT;
II - propor a revisão de ações, prioridades, prazos e metas do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - PNLGBT;
III - propor estratégias de ação visando à avaliação e monitoramento das ações previstas no PNLGBT;
IV - acompanhar, analisar e apresentar sugestões em relação à execução de programas e ações governamentais para a população LGBT e a aplicação de recursos públicos para eles autorizados;
V - apresentar sugestões para elaboração do planejamento plurianual, estabelecimento de diretrizes orçamentárias e alocação de recursos no orçamento anual do Governo Federal, visando à implantação do PNLGBT;
VI - apresentar sugestões e aperfeiçoamentos sobre projetos de lei que tenham implicações sobre os direitos e cidadania da população LGBT;
VII - participar da organização das conferências nacionais para construção de políticas públicas para a população LGBT;
VIII - articular-se com órgãos e entidades públicos e privados, nacionais e internacionais, visando o intercâmbio sistemático sobre promoção dos direitos de LGBT;
IX - articular-se com outros conselhos de direitos ou setoriais, para estabelecimento de estratégias comuns de atuação;
X - fomentar a criação de conselhos, coordenações e planos estaduais voltados à promoção de políticas públicas para a população LGBT;
XI - propor realização de campanhas destinadas à promoção de direitos da população LGBT e ao combate à discriminação e preconceito;
XII - propor realização de estudos, debates e pesquisas sobre a temática de direitos e inclusão da população LGBT; e
XIII - analisar e encaminhar aos órgãos competentes as denúncias recebidas.

CAPÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO

Art. 3o O Conselho é constituído de trinta integrantes titulares, designados pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República, para mandato de dois anos, permitida recondução, observada a seguinte composição:
I - quinze representantes do Poder Público Federal indicados pelos dirigentes máximos de cada um dos seguintes órgãos:
a) Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;
b) Casa Civil;
c) Secretaria-Geral da Presidência da República;
d) Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República;
e) Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;
f) Ministério da Saúde;
g) Ministério da Justiça;
h) Ministério da Educação;
i) Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
j) Ministério do Trabalho e Emprego;
k) Ministério da Cultura;
l) Ministério da Previdência Social;
m) Ministério do Turismo;
n) Ministério das Relações Exteriores; e
o) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e
II - quinze representantes da sociedade civil, indicados por entidades sem fins lucrativos, selecionadas por meio de processo seletivo público, entre aquelas:
a) voltadas à promoção e defesa de direitos da população LGBT;
b) da comunidade científica, que desenvolvam estudos ou pesquisas sobre a população LGBT;
c) nacionais, de natureza sindical ou não, que congreguem trabalhadores ou empregadores, com atuação na promoção, defesa ou garantia de direitos da população LGBT; e
d) de classe, de caráter nacional, com atuação na promoção, defesa ou garantia de direitos da população LGBT.
§ 1o Poderão ainda participar das reuniões do Conselho, sem direito a voto, um representante de cada um dos seguintes órgãos:
I - Ministério Público Federal;
II - Ministério Público do Trabalho;
III - Magistratura Federal; e
IV - Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
§ 2o A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República exercerá a função de Secretaria Executiva do CNCD.
§ 3o A participação no Conselho será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.
§ 4o Cada membro titular referido nos incisos I e II do caput terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e impedimentos eventuais.

CAPÍTULO III
DO PROCESSO SELETIVO

Art. 4o O regulamento do processo seletivo das entidades da sociedade civil, nos termos do inciso II do art. 3o, será elaborado pelo CNCD e divulgado por meio de edital público em até noventa dias antes do término do mandato vigente à época, observadas as disposições do regimento interno.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à primeira composição do CNCD, cujos representantes da sociedade civil serão indicados por entidades selecionadas pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

CAPÍTULO IV
DA PRESIDÊNCIA

Art. 5o A presidência e vice-presidência do CNCD, eleita anualmente, será alternada entre as representações do Poder Público e da sociedade civil.
Parágrafo único. No primeiro mandato, a presidência será exercida pelo representante do Poder Público e a vice-presidência, pelo representante da sociedade civil.
Art. 6o São atribuições do Presidente do CNCD:
I - convocar e presidir as reuniões do colegiado;
II - solicitar a elaboração de estudos, informações, documentos técnicos e posicionamento sobre temas afetos ao Conselho; e
III - firmar as atas das reuniões e emitir as respectivas resoluções.

CAPÍTULO V
DO FUNCIONAMENTO

Art. 7o O CNCD formalizará suas deliberações por meio de resoluções, cuja publicidade deverá ser garantida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Art. 8o As reuniões do CNCD somente serão realizadas com quórum mínimo de dezesseis membros votantes.
§ 1o As decisões do CNCD serão tomadas por maioria de votos dos presentes, ressalvado o disposto no art. 12.
§ 2o O regimento interno poderá exigir quórum diferenciado para a deliberação de determinadas matérias, desde que observado o quórum mínimo previsto no § 1o.
§ 3o Em caso de empate, o Presidente do CNCD terá o voto de qualidade.
Art. 9o O CNCD poderá decidir pela instituição de câmaras técnicas e grupos de trabalho destinados ao estudo e elaboração de propostas sobre temas específicos, por meio de ato prevendo seus objetivos, composição e prazo para conclusão dos trabalhos.
Parágrafo único. Poderão ser convidados para participar das câmaras técnicas e grupos de trabalho representantes de órgãos e entidades públicos e privados.
Art. 10. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República prestará o apoio técnico e administrativo necessário à execução dos trabalhos do CNCD e das câmaras técnicas e grupos de trabalho eventualmente instituídos.
Art. 11. Para o cumprimento de suas funções, o CNCD contará com recursos orçamentários e financeiros consignados no orçamento da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Art. 12. O CNCD aprovará seu regimento interno, com voto de, no mínimo, dois terços da totalidade dos Conselheiros votantes, em reunião especialmente convocada para este fim, dispondo sobre as demais disposições necessárias ao seu funcionamento.
Parágrafo único. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República expedirá, por meio de portaria, regimento interno provisório que vigorará até a aprovação de regimento interno pelo CNCD, na forma prevista no caput.

Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 14. Fica revogado o Decreto no 5.397, de 22 de março de 2005.

Brasília, 9 de dezembro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Paulo de Tarso Vannuchi

Nota: na foto Lula está ao lado da militante paraibana transsexual Fernanda Benvenutty (vermelho)

Curta - Eu Não Quero Voltar Sozinho



Sinceramente, um dos melhores curtas que já vi...

Sinopse: A vida de Leonardo, um adolescente cego, muda completamente com a chegada de um novo aluno em sua escola. Ao mesmo tempo, ele tem que lidar com os ciúmes da amiga Giovana e entender os sentimentos despertados pelo novo amigo Gabriel.

Elenco:
Ghilherme Lobo, Tess Amorim, Fabio Audi

Roteiro e Direção:
Daniel Ribeiro

Produção Executiva :
Diana Almeida

Fotografia:
Pierre de Kerchove

Direção de Arte:
Olivia Helena Sanches

Montagem:
Cristian Chinen

Edição de Som:
Daniel Turini e Simone Alves

Trilha Sonora:
Tatá Aeroplano e Juliano Polimeno

Produção de Elenco:
Alice Wolfenson e Danilo Gambini

PLC 122/06 - Criminalização da Homofobia



Entenda a Lei

Nos últimos 30 anos, o Movimento LGBT Brasileiro vem concentrando esforços para promover a cidadania, combater a discriminação e estimular a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 

A partir de pesquisas que revelaram dados alarmantes da homofobia no Brasil, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), juntamente com mais de 200 organizações afiliadas, espalhadas por todo o país, desenvolveram o Projeto de Lei 5003/2001, que mais tarde veio se tornar o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que propõe a criminalização da homofobia. 

O projeto torna crime a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero - equiparando esta situação à discriminação de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, sexo e gênero, ficando o autor do crime sujeito a pena, reclusão e multa. 

Aprovado no Congresso Nacional, o PLC alterará a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, caracterizando crime a discriminação ou preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Isto quer dizer que todo cidadão ou cidadã que sofrer discriminação por causa de sua orientação sexual e identidade de gênero poderá prestar queixa formal na delegacia. Esta queixa levará à abertura de processo judicial. Caso seja provada a veracidade da acusação, o réu estará sujeito às penas definidas em lei.

O texto do Projeto de Lei PLC 122/2006 aborda as mais variadas manifestações que podem constituir homofobia; para cada modo de discriminação há uma pena específica, que atinge no máximo 5 anos de reclusão. Para os casos de discriminação no interior de estabelecimentos comerciais, os proprietários estão sujeitos à reclusão e suspensão do funcionamento do local em um período de até três meses. Também será considerado crime proibir a livre expressão e manifestação de afetividade de cidadãos homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais.    

Apesar dos intensos esforços e conquistas do Movimento LGBT Brasileiro em relação ao PLC 122, ainda assim, ele precisa ser votado no Senado Federal. O projeto enfrenta oposição de setores conservadores no Senado e de segmentos de fundamentalistas religiosos. Por este motivo, junte-se a nós e participe da campanha virtual para divulgar e pressionar os senadores pela aprovação do projeto.
Para ler o projeto de lei na íntegra, clique aqui.

Por quê a lei?
  • Ainda não há proteção específica na legislação federal contra a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero;
  • Por não haver essa proteção, estimados 10% da população brasileira (18 milhões de pessoas) continuam a sofrer discriminação (assassinatos, violência física, agressão verbal, discriminação na seleção para emprego e no próprio local de trabalho, escola, entre outras), e os agressores continuam impunes;
  • Por estarmos todos nós, seres humanos, inseridos numa dinâmica social em que existem laços afetivos, de parentesco, profissionais e outros, essa discriminação extrapola suas vítimas diretas, agredindo também seus familiares, entes queridos, colegas de trabalho e, no limite, a sociedade como um todo;
  • O projeto está em consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário: “Artigo 7°: Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação”;
  • O projeto permite a concretização dos preceitos da Constituição Federal: “Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação [...] / Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”;
  • O projeto não limita ou atenta contra a liberdade de expressão, de opinião, de credo ou de pensamento. Ao contrário, contribui para garanti-las a todos, evitando que parte significativa da população, hoje discriminada, seja agredida ou preterida exatamente por fazer uso de tais liberdades em consonância com sua orientação sexual e identidade de gênero;
  • Por motivos idênticos ou semelhantes aos aqui esclarecidos, muitos países no mundo, inclusive a União Européia, já reconheceram a necessidade de adotar legislação dessa natureza;
  • A aprovação do Projeto de Lei contribuirá para colocar o Brasil na vanguarda da América Latina, assim como o Caribe, como um país que preza pela plenitude dos direitos de todos seus cidadãos, rumo a uma sociedade que respeite a diversidade e promova a paz.
Fonte: Projeto Aliadas – ABGLT

Verdades e Mentiras sobre o PLC 122/06
Desde que começou a ser debatido no Senado, o projeto de lei da Câmara 122/2006, que define os crimes resultantes de preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero tem sido alvo de pesadas críticas de alguns setores religiosos fundamentalistas (notadamente católicos e evangélicos).

Essas críticas, em sua maioria, não têm base laica ou objetiva. São fruto de uma tentativa equivocada de transpor para a esfera secular e para o espaço público argumentos religiosos, principalmente bíblicos. Não discutem o mérito do projeto, sua adequação ou não do ponto de vista dos direitos humanos ou do ordenamento legal. Apenas repisam preconceitos com base em errôneas interpretações religiosas.

Contudo, algumas críticas tentam desqualificar o projeto alegando inconsistências técnicas, jurídicas e até sua inconstitucionalidade. São críticas inconsistentes, mas, pelo menos, fundamentadas pelo aspecto jurídico. Por respeito a esses argumentos laicos, refutamos, abaixo, as principais objeções colocadas:


1. É verdade que o PLC 122/2006 restringe a liberdade de expressão?

Não, é mentira. O projeto de lei apenas pune condutas e discursos preconceituosos. É o que já acontece hoje no caso do racismo, por exemplo. Se substituirmos a expressão cidadão homossexual por negro ou judeu no projeto, veremos que não há nada de diferente do que já é hoje praticado.

É preciso considerar também que a liberdade de expressão não é absoluta ou ilimitada - ou seja, ela não pode servir de escudo para abrigar crimes, difamação, propaganda odiosa, ataques à honra ou outras condutas ilícitas. Esse entendimento é da melhor tradição constitucionalista e também do Supremo Tribunal Federal.

2. É verdade que o PLC 122/2006 ataca a liberdade religiosa?

Não, é mentira. O projeto de lei não interfere na liberdade de culto ou de pregação religiosa. O que o projeto visa coibir são manifestações notadamente discriminatórias, ofensivas ou de desprezo. Particularmente as que incitem a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Ser homossexual não é crime. E não é distúrbio nem doença, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Portanto, religiões podem manifestar livremente juízos de valor teológicos (como considerar a homossexualidade "pecado"). Mas não podem propagar inverdades científicas, fortalecendo estigmas contra segmentos da população.

Nenhuma pessoa ou instituição está acima da Constituição e do ordenamento legal do Brasil, que veda qualquer tipo de discriminação.

Concessões públicas (como rádios ou TV's), manifestações públicas ou outros meios não podem ser usados para incitar ódio ou divulgar manifestações discriminatórias – seja contra mulheres, negros, índios, pessoas com deficiência ou homossexuais. A liberdade de culto não pode servir de escudo para ataques a honra ou a dignidade de qualquer pessoa ou grupo social.

3. É verdade que os termos orientação sexual e identidade de gênero são imprecisos e não definidos no PLC 122, e, portanto, o projeto é tecnicamente inconsistente?

Não, é mentira. Orientação sexual e identidade de gênero são termos consolidados cientificamente, em várias áreas do saber humano, principalmente psicologia, sociologia, estudos culturais, entre outras. Ademais, a legislação penal está repleta de exemplos de definições que não são detalhadas no corpo da lei.

Cabe ao juiz, a cada caso concreto, interpretar se houve ou não preconceito em virtude dos termos descritos na lei.

Fonte: Projeto Aliadas/ABGLT

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Lucicreiçon - a bicha revoltada

 

O Varal de Humor é uma realização do GDN (Grupo Diversidade Niterói), uma idealização de Jayro Said, com produção de Jayro Said e Miguel Macedo e a arte de Vinícius Rocha, sendo apresentado quinzenalmente na sala multiuso da sede da ONG, situado na rua Aurelino Leal, 31, 2º andar, Centro, Niterói (contato: 3617-0251) que nesta edição lança o ator Segundo Chaves na Comédia "Lucicreiçon, a revoltada." aproveitem...