quinta-feira, 12 de maio de 2011

Bolsonaro bate boca com senadora por causa da lei anti-homofobia

"Tira isso daqui! Me respeita! Vai me bater?!", gritava Marinor Brito, do PSOL

Renan Ramalho, do R7, em Brasília


Com os ânimos exaltados após o adiamento da votação de uma lei anti-homofobia, a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) e o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) chegaram a bater boca, à beira de um confronto físico, num dos corredores do Senado, nesta quinta-feira (12).
A discussão começou quando a relatora da proposta, Marta Suplicy (PT-SP), dava entrevista à imprensa; atrás dela, Bolsonaro exibia para as câmeras um panfleto contra um plano de promoção da cidadania e dos direitos humanos da comunidade LGBT.
Nervosa e aos gritos, Marinor começou a bater no panfleto, enquanto Marta saía de cena.
- Tira isso daqui! Me respeita! Vai me bater?! Depois dizem que não há homofóbico aqui. Homofóbico! Saia daqui! Tu devia ir pra cadeia! Criminoso!
Bolsonaro respondia com provocações, dizendo “vai me bater, vai me bater?”. A senadora, ainda nervosa, disse que o deputado estava usando dinheiro público para bancar o panfleto, que, segundo ela, promove a homofobia.
No impresso, o deputado lista uma série de ações promovidas pela Secretaria de Direitos Humanos em favor da comunidade LGBT. Na capa, estampa a frase: “Querem, na escola, transformar seu filho de 6 a 8 anos em homossexual!”. É uma referência a um kit anti-homofobia a ser distribuído em escolas pelo Ministério da Educação.
Bolsonaro disse que pagou pela impressão dos panfletos, mas que já consultou a Câmara para ser ressarcido com verba indenizatória.
- Se a Câmara responder à minha consulta favorável [sic], peço e faço mais 500 mil, para defender a família, as pessoas de bem, para defender quem tem vergonha na cara e não é promíscuo!

veja o vídeo

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