terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pesquisa aponta que 73% dos presentes à Parada LGBT já sofreram discriminação


Estabelecimentos comerciais capacitados com noções de obediência aos direitos civis e cidadania receberam o selo 'Rio sem Preconceito'

Rio - Uma pesquisa de percepção da população realizada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) durante a 16ª Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, em 9 de outubro deste ano, apontou que 73% das pessoas já sofreram algum tipo de preconceito, seja pela orientação sexual, étnico ou social. A Prefeitura, por intermédio da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS), apresentou nesta quinta-feira, os resultados do estudo.
Durante o evento, realizado no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul, o coordenador Carlos Tufvesson analisou os resultados da pesquisa e aproveitou a ocasião para contemplar com o selo “Rio sem Preconceito” os estabelecimentos comerciais capacitados com noções de obediência aos direitos civis e cidadania.
Para a realização do estudo, o Núcleo de Pesquisa da ESPM - sob o comando do professor e pesquisador Eugenio Giglio - disponibilizou 29 profissionais para aquele evento, onde foram entrevistadas 569 pessoas, entre cariocas e turistas.
Pelo menos 49% dos entrevistados estiveram na 16ª Parada do Orgulho LGBT por motivação humanitária, independentemente de sua opção sexual. A orientação sexual do público do evento foi, em sua maioria, homossexual (43%), seguido por heterossexuais (34%) e bissexuais (21%). Deste total, há predominância do ensino médio (47%) e do ensino superior (39%). 
Um dado preocupante da pesquisa é que 66% dos cidadãos que sofreram algum tipo de violência por conta de sua orientação sexual não fez qualquer tipo de denúncia. O desconhecimento da existência das ONGs por 74% dos presentes no evento também é um fato a ser ressaltado.
"Pude perceber com a pesquisa que a grande maioria dos entrevistados não denuncia os episódios de violência contra os homossexuais. Essa cultura tem que mudar, uma vez que o poder público só pode agir quando provocado. Além disso, vamos trabalhar nas escolas, onde os índices de bullying de preconceito são altos (51% das pessoas afirmaram ter sofrido bullying na escola). Vamos nos empenhar nisso. É uma preocupação da Prefeitura do Rio que o cidadão carioca saiba dos seus direitos e deveres para exercê-los", afirmou Tufvesson.
Fonte: O Dia

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